Há 20 anos Elaine de Jesus lançava o revolucionário álbum "Pérola"

O ano de 2024 marca duas décadas de lançamento do CD "Pérola", um dos álbuns de maior destaque do ministério de Elaine de Jesus e da música gospel pentecostal brasileira.

Depois de experimentar o sucesso em todo o Brasil com seu álbum anterior, intitulado "Até O Fim", que contém sucessos como "É Demais", "Quem Chora Pra Deus" e "Olha, Irmão", a cantora passou cerca de dois anos preparando o repertório do que viria ser o CD "Pérola". 

O álbum chegou ao mercado em abril de 2004 com nove músicas produzidas pelo maestro Jairinho Manhães, três pelo norte-americano Dan Cleary e uma por Paulo César Baruk.

Quarta faixa da tracklist, a música "Terremoto Santo" conquistou rapidamente as rádios e igrejas de todo o país, se consagrando como um dos maiores sucessos da carreira da cantora e sendo executada em congressos até os dias atuais. 

Escrita por Elizeu Gomes, foi uma das primeiras e mais populares canções a retratar a passagem bíblica de Paulo e Silas na prisão. 

Já a música "Pérola", faixa que intitula a obra, mostrou sua longevidade ao ser hoje uma das cinco músicas mais reproduzidas da artista nas plataformas de streaming, sendo frequentemente escolhida para homenagear mulheres e pastores em cultos.

Composta por Daniel e Samuel, a ideia de intitular o álbum com a música surgiu da cantora Rayssa Peres, integrante da dupla Rayssa e Ravel. 

"Estava com eles no meu carro. Havia recebido um CD dos compositores da canção e coloquei para ouvir pela primeira vez. A Rayssa deu um pulo e disse: 'Nani, essa música é o título do teu CD!'. E foi", declarou.

Duas canções versionadas do inglês para o português fazem parte do repertório do álbum, são elas: "Deus, Tu És Bom" e "Vem Com Glória".

A primeira é tradução de "You Are Good", gravada e escrita pelo cantor norte-americano Israel Houghton, enquanto a última é de "Let Your Glory Fill This Place", originalmente de Karen Wheaton e composta por Eddie James.

A versão de "Vem Com Glória" em inglês encerra o álbum.

Pensando em todas as crianças que ouvem os CDs que seus pais põem para tocar em casa, a cantora convidou Paulo César Baruk para produzir uma releitura do sucesso infantil "Homenzinho Torto", décima segunda faixa do disco.

A produção e os arranjos utilizados chamaram a atenção de Rogério Vieira, que pediu permissão para reutilizados na versão da música incluída no primeiro álbum da série Aline Barros & Cia, vencedor do Grammy Latino.

O projeto gráfico do álbum marcou o mercado fonográfico da música gospel na época, trazendo inovações não vistas, até então, em outros CDs do meio.

Apresentando uma lâmina especial feita com papel de seda, detalhes dourados em alto-relevo, mais de doze páginas, diversas fotos inéditas da cantora, mensagens, versículos, informações sobre seus próximos lançamentos e de outros nomes da gravadora da artista para o público conhecer e adquirir, o encarte do álbum era elogiado por todos que o folheavam. 

O Troféu Talento, maior premiação da música gospel brasileira, criou a categoria de Melhor Projeto Gráfico do Ano, àquela altura inédita, para premiar a obra. A cantora e o fotógrafo Sérgio Menezes (In memoriam), fundador da Digital Design, foram condecorados com o prêmio na edição de 2005.

Cerca de um mês após sair da fábrica, o álbum vendeu todas as unidades da primeira remessa de 100 mil peças.

Mais tarde, a cantora recebeu das mãos de seus pais, Apóstolo Ouriel de Jesus e Jussara de Jesus, um Disco de Diamante, que representa mais de 500 mil cópias vendidas em todo o Brasil, segundo as regras da Associação Brasileira de Produtores de Discos para a época.

Além disso, a versão em playback do álbum vendeu mais de 100 mil unidades, sendo elegível ao certificado de Disco de Platina.

Mas, e você, qual sua música favorita do "Pérola"?

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