Eyshila: “Eu queria que Deus tivesse deixado meu filho”
A cantora Eyshila foi a convidada da edição desta quinta-feira (26) do programa Promessas, apresentado pelo portal G1. A artista falou sobre como começou a cantar, sobre seu casamento, a perda do filho e diversos outros aspectos de sua carreira. Ela também respondeu a perguntas de fãs.
Nascida em Fortaleza, no Ceará, e com 25 anos de carreira, Eyshila já gravou 13 álbuns, recebeu seis discos de platina e nove discos de ouro. A cantora ficou muito emocionada ao falar de filho Matheus, que morreu há dois anos após contrair uma meningite.
O INÍCIO
Eu comecei a cantar com 5 anos nos eventos de igreja. Na adolescência eu não queria mais cantar, mas meu pai me forçava. Ele também queria me obrigar a escrever e me trancou no quarto com um violão. Ele viu que não era assim, mas me mostrou o caminho. Ele me fez entender aonde que eu iria escrever, dentro do meu quarto, orando, lendo a Bíblia, meditando, falando com Deus. Minhas músicas são orações.
COMPOSITORA
A primeira música que eu fiz, tinha 19 para 20 anos. Mostrei para uma amiga, a Fernanda Brum. Ela ouviu e disse: “vou gravar”. Ela foi a primeira corajosa que gravou uma canção minha. Por isso que ela é a minha best. Depois que ela gravou, eu ganhei coragem. Compartilhei as minhas canções com muitos amigos e já tenho para mais de 200. E isso porque meu pai me trancou no quarto. Não foi naquele dia, mas ele lançou a Palavra.
MILAGRE
Minha mãe passou por uma enfermidade que começou com uma queda e se agravou para um infecção generalizada. Ela ficou em coma por mais de 20 dias e foi desenganada. É a primeira história de milagre que eu lembro que nossa família viveu. Eu tinha 3 para 4 anos de idade. Meu pai juntava um grupo, orava e minha mãe acordava do coma. Eu sou dessas que acreditam em milagre.
DROGAS
Eu tinha 17 anos quando conheci o Odilon. No decorrer do namoro descobri que ele era viciado em cocaína e maconha. Isso já é difícil para quem não é evangélico, para quem é então… Ele estava envolvido profundamente e eu não tinha noção do que era um viciado. Disse que a gente iria orar e conseguir. Como eu era inexperiente, era muito mais briga do que oração.
CASAMENTO
O primeiro ano do casamento foi muito difícil. O Odilon chegou a me dizer que eu não merecia aquilo, que ele nunca iria largar as drogas. Eu disse que não iria mais gritar e brigar com ele, só iria orar e amá-lo. Foi o que eu fiz e deu certo. Ele começou a ficar com saudade de casa.
LIBERTAÇÃO
No dia que gravei meu segundo disco, eu fiquei muito triste. Fui para o banheiro, me ajoelhei e fiz uma oração. Senti algo diferente. Quando o Odilon chegou, de madrugada, ajoelhou no pé da cama e pediu que eu orasse por ele. Depois ele foi para um retiro e foi ali que Deus completou a obra na vida do meu marido. Faz 22 anos que ele não toca mais em droga nenhuma. Eu considero isso um milagre.
PERDA DA VOZ
Eu estava sem conseguir administrar o meu tempo direito. Acabou que eu pifei. Comecei a desmaiar, passar mal. O neurologista disse que eu precisava “pisar no zero” e eu não obedeci. Quem sentiu foi a minha voz. Aí fui obrigada a parar. Eu considero isso até uma dádiva de Deus, eu descansei, me recuperei e acabou que foi quando surgiu um dos CDs que eu mais amo, o Nada Pode Calar um Adorador.
OS FILHOS
O Matheus foi meu primeiro filho e eu tinha 26 anos quando ele nasceu. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Foi a maior emoção que eu tive, ser mãe dele, e do Lucas um ano depois. Eles são meus presentes.
MATHEUS
Eu estava em Brasília e recebi a notícia de que ele estava indo para o hospital. Voltei correndo e ele estava internado após convulsões por causa de uma meningite viral herpética. Passei a semana com o meu filho, ele teve alta e foi para uma semi-UTI. Alguns dias depois notei que ele estava diferente e os descobriram que a meningite tinha evoluido para um edema no cérebro, que foi o que levou meu filho. O Matheus operou e chegou a voltar para a UTI. Ainda ficamos em oração algum tempo, mas depois de alguns dias foi detectada a morte cerebral.
COMOÇÃO
Eu nunca vi uma mobilização tão grande por um menino. Toda hora o filho de alguém morre. Com o Matheus foi algo mundial, eu recebi oração da África, da Indonésia. Pessoas me paravam. Católicos, espíritas falavam que estavam fazendo uma corrente pelo meu filho. Eles não me conheciam, mas foram tocados pelas redes sociais. O hospital ficou cheio, não tinha menos do que 200 pessoas por dia durante todo aquele tempo. Eles ficavam em oração e vimos Deus curar muita gente.
SAUDADE
O Matheus é um milagre que Deus levou. Eu queria que Deus tivesse deixado meu filho, eu queria estar com ele aqui hoje contando para vocês: “Deus me curou”. Eu queria isso, é o que toda mãe quer. Eu não desisti até o último momento. Quando o coração dele parou eu deitei em cima dele e falei: “Deus, devolve, o Senhor Deus que dá a vida”. Os médicos me respeitaram, não me trataram como uma doida, mas como uma mãe que tinha fé. A Bíblia diz que a fé é loucura para os que perecem, mas para nós é poder de Deus. Até que o Espírito Santo falou em meu coração. Dessa vez o milagre não é o Matheus, o milagre é você.
Assista a entrevista e os videos completos. Clique Aqui!
Nascida em Fortaleza, no Ceará, e com 25 anos de carreira, Eyshila já gravou 13 álbuns, recebeu seis discos de platina e nove discos de ouro. A cantora ficou muito emocionada ao falar de filho Matheus, que morreu há dois anos após contrair uma meningite.
O INÍCIO
Eu comecei a cantar com 5 anos nos eventos de igreja. Na adolescência eu não queria mais cantar, mas meu pai me forçava. Ele também queria me obrigar a escrever e me trancou no quarto com um violão. Ele viu que não era assim, mas me mostrou o caminho. Ele me fez entender aonde que eu iria escrever, dentro do meu quarto, orando, lendo a Bíblia, meditando, falando com Deus. Minhas músicas são orações.
COMPOSITORA
A primeira música que eu fiz, tinha 19 para 20 anos. Mostrei para uma amiga, a Fernanda Brum. Ela ouviu e disse: “vou gravar”. Ela foi a primeira corajosa que gravou uma canção minha. Por isso que ela é a minha best. Depois que ela gravou, eu ganhei coragem. Compartilhei as minhas canções com muitos amigos e já tenho para mais de 200. E isso porque meu pai me trancou no quarto. Não foi naquele dia, mas ele lançou a Palavra.
MILAGRE
Minha mãe passou por uma enfermidade que começou com uma queda e se agravou para um infecção generalizada. Ela ficou em coma por mais de 20 dias e foi desenganada. É a primeira história de milagre que eu lembro que nossa família viveu. Eu tinha 3 para 4 anos de idade. Meu pai juntava um grupo, orava e minha mãe acordava do coma. Eu sou dessas que acreditam em milagre.
DROGAS
Eu tinha 17 anos quando conheci o Odilon. No decorrer do namoro descobri que ele era viciado em cocaína e maconha. Isso já é difícil para quem não é evangélico, para quem é então… Ele estava envolvido profundamente e eu não tinha noção do que era um viciado. Disse que a gente iria orar e conseguir. Como eu era inexperiente, era muito mais briga do que oração.
CASAMENTO
O primeiro ano do casamento foi muito difícil. O Odilon chegou a me dizer que eu não merecia aquilo, que ele nunca iria largar as drogas. Eu disse que não iria mais gritar e brigar com ele, só iria orar e amá-lo. Foi o que eu fiz e deu certo. Ele começou a ficar com saudade de casa.
LIBERTAÇÃO
No dia que gravei meu segundo disco, eu fiquei muito triste. Fui para o banheiro, me ajoelhei e fiz uma oração. Senti algo diferente. Quando o Odilon chegou, de madrugada, ajoelhou no pé da cama e pediu que eu orasse por ele. Depois ele foi para um retiro e foi ali que Deus completou a obra na vida do meu marido. Faz 22 anos que ele não toca mais em droga nenhuma. Eu considero isso um milagre.
PERDA DA VOZ
Eu estava sem conseguir administrar o meu tempo direito. Acabou que eu pifei. Comecei a desmaiar, passar mal. O neurologista disse que eu precisava “pisar no zero” e eu não obedeci. Quem sentiu foi a minha voz. Aí fui obrigada a parar. Eu considero isso até uma dádiva de Deus, eu descansei, me recuperei e acabou que foi quando surgiu um dos CDs que eu mais amo, o Nada Pode Calar um Adorador.
OS FILHOS
O Matheus foi meu primeiro filho e eu tinha 26 anos quando ele nasceu. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Foi a maior emoção que eu tive, ser mãe dele, e do Lucas um ano depois. Eles são meus presentes.
MATHEUS
Eu estava em Brasília e recebi a notícia de que ele estava indo para o hospital. Voltei correndo e ele estava internado após convulsões por causa de uma meningite viral herpética. Passei a semana com o meu filho, ele teve alta e foi para uma semi-UTI. Alguns dias depois notei que ele estava diferente e os descobriram que a meningite tinha evoluido para um edema no cérebro, que foi o que levou meu filho. O Matheus operou e chegou a voltar para a UTI. Ainda ficamos em oração algum tempo, mas depois de alguns dias foi detectada a morte cerebral.
COMOÇÃO
Eu nunca vi uma mobilização tão grande por um menino. Toda hora o filho de alguém morre. Com o Matheus foi algo mundial, eu recebi oração da África, da Indonésia. Pessoas me paravam. Católicos, espíritas falavam que estavam fazendo uma corrente pelo meu filho. Eles não me conheciam, mas foram tocados pelas redes sociais. O hospital ficou cheio, não tinha menos do que 200 pessoas por dia durante todo aquele tempo. Eles ficavam em oração e vimos Deus curar muita gente.
SAUDADE
O Matheus é um milagre que Deus levou. Eu queria que Deus tivesse deixado meu filho, eu queria estar com ele aqui hoje contando para vocês: “Deus me curou”. Eu queria isso, é o que toda mãe quer. Eu não desisti até o último momento. Quando o coração dele parou eu deitei em cima dele e falei: “Deus, devolve, o Senhor Deus que dá a vida”. Os médicos me respeitaram, não me trataram como uma doida, mas como uma mãe que tinha fé. A Bíblia diz que a fé é loucura para os que perecem, mas para nós é poder de Deus. Até que o Espírito Santo falou em meu coração. Dessa vez o milagre não é o Matheus, o milagre é você.
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via: Pleno News
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